INSTITUIÇÃO DE CIRURGIA DE CONTROLE DO DANO
PROTOCOLO PS - HUOP
Tiago Mierzwa
Marcius Benigno
Ana Heloisa Zema
Fernando Spencer Netto
- Cirurgia de controle do dano é baseada em princípios de controle das lesões que causam risco imediato de mortalidade para o
paciente, sem necessariamente prover controle definitivo da lesão, usando
técnicas especificas. Estas visam a estabilização do paciente e correção da
tríade letal do trauma (coagulopatia, hipotermia e acidose) em ambiente de UTI
antes da correção anatômica definitiva.
- Embora este conceito tenha se
originado em cirurgias para controle de sangramento traumático sobre tórax e
abdome, o uso alastrou-se rapidamente
para outras áreas da cirurgia de
urgência (ex: craniotomia descompressiva, uso de shunts vasculares
plásticos, etc).
- Os pacientes que potencialmente se beneficiam desta tática são vitimas de trauma com múltiplas lesões, perda volêmica
significativa e instabilidade.
- As etapas da cirurgia de controle do dano são: a) identificação do paciente; b) cirurgia
abreviada; c) reanimação em UTI;
d) reoperação planejada após
controle da tríade letal (24-48h).
- A identificação precoce do paciente propicia a adoção precoce desta
tática, evitando desgaste fisiológico. Na seleção do
paciente deve-se considerar a
repercussão fisiológica (ex: choque persistente) e anatomia das lesões (ex: lesões múltiplas em vários segmentos do
corpo). Alguns parâmetros fisiológicos podem ajudar na decisão (acidose
metabólica, hipotermia e coagulopatia).
- A cirurgia inicial deve ser rápida,
visando controle do sangramento, limitação da contaminação entérica e
prevenção da síndrome do compartimento abdominal. A utilização de compressas na
cavidade e fechamento temporário com modalidades da bolsa de Bogota são comuns.
- Reanimação em UTI: visa compensação hemodinâmica e correção de
distúrbios metabólicos e hematológicos.
- Reoperação planejada: deve ocorrer quando paciente estável e visar
reparo definitivo da lesão.
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