quinta-feira, 3 de abril de 2014

Instituição de cirurgia de controle do dano - Protocolo PS - HUOP



INSTITUIÇÃO DE CIRURGIA DE CONTROLE DO DANO
PROTOCOLO PS - HUOP

Tiago Mierzwa
Marcius Benigno
Ana Heloisa Zema
Fernando Spencer Netto

- Cirurgia de controle do dano é baseada em princípios de controle das lesões que causam risco imediato de mortalidade para o paciente, sem necessariamente prover controle definitivo da lesão, usando técnicas especificas. Estas visam a estabilização do paciente e correção da tríade letal do trauma (coagulopatia, hipotermia e acidose) em ambiente de UTI antes da correção anatômica definitiva.

- Embora este conceito tenha se originado em cirurgias para controle de sangramento traumático sobre tórax e abdome, o uso alastrou-se rapidamente para outras áreas da cirurgia de urgência (ex: craniotomia descompressiva, uso de shunts vasculares plásticos, etc).

- Os pacientes que potencialmente se beneficiam desta tática são vitimas de trauma com múltiplas lesões, perda volêmica significativa e instabilidade.

- As etapas da cirurgia de controle do dano são: a) identificação do paciente; b) cirurgia abreviada; c) reanimação em UTI; d) reoperação planejada após controle da tríade letal (24-48h).

- A identificação precoce do paciente propicia a adoção precoce desta tática, evitando desgaste fisiológico. Na seleção do paciente deve-se considerar a repercussão fisiológica (ex: choque persistente) e anatomia das lesões (ex: lesões múltiplas em vários segmentos do corpo). Alguns parâmetros fisiológicos podem ajudar na decisão (acidose metabólica, hipotermia e coagulopatia).

- A cirurgia inicial deve ser rápida, visando controle do sangramento, limitação da contaminação entérica e prevenção da síndrome do compartimento abdominal. A utilização de compressas na cavidade e fechamento temporário com modalidades da bolsa de Bogota são comuns.

- Reanimação em UTI: visa compensação hemodinâmica e correção de distúrbios metabólicos e hematológicos.


- Reoperação planejada: deve ocorrer quando paciente estável e visar reparo definitivo da lesão.

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