segunda-feira, 14 de abril de 2014

Cuidados Paliativos em Emergência - Reunião Multidisciplinar - PS






































Cuidados Paliativos no paciente crítico

Introdução

Definição: Cuidado paliativo é uma forma de abordagem que visa a melhoria da qualidade de vida de pacientes e seus familiares que enfrentam doenças ameaçadoras à vida.

Princípios: Beneficência, não maleficência, autonomia e justiça

Avaliação do paciente:
Eficácia do tratamento proposto
O benefício, que diz respeito ao que o PACIENTE ou seu representante percebem como sendo de valor.
A onerosidade da intervenção
Critérios que auxiliam na definição do status de terminalidade
História natural da doença
Reversibilidade

Fatores de mau prognóstico (choque refratário, piora clínica apesar da otimização terapêutica.

Conceitos: Eutanásia, ortotanásia e distanásia.

Aspectos éticos / jurídico:
2006 – Resolução 1805
Art. 1º É permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamento que prolonguem a vida do doente, em fase terminal, de enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante legal.
Parágrafo primeiro: O médico tem obrigação de esclarecer ao doente ou responsável legal as modalidades terapêuticas adequadas a cada situação.
Parágrafo segundo: A decisão referida no caput  deve ser fundamentada e  registrada no prontuário.
Parágrafo terceiro: É assegurado ao doente ou a seu representante legal o direito de solicitar uma segunda opinião médica.
2006 – Resolução 1805
O doente continuará a receber todos os cuidados necessários para aliviar os sintomas que levam ao sofrimento, assegurada a assistência integral, o conforto físico, psíquico, social, espiritual, inclusive assegurando a ele o direito de alta hospitalar.
2009 – Código de Ética médica
XXII – Nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados.
2012 – Resolução 1995
Dispões sobre as diretivas antecipadas de vontade do paciente
Nas decisões sobre cuidados e tratamentos de pacientes que se encontram incapazes de comunicar-se ou de expressar de maneira livre e independe suas vontades, o médico levará em consideração suas diretivas antecipadas de vontade.

Fases da assistência intensiva:
Primeira fase: Maior possibilidade para a recuperação (morte pouco provável).
Segunda fase: Falta de respostas ou uma resposta insuficiente aos recursos utilizados, com crescente tendência ao desfecho morte/irreversibilidade (morte prevista para dias, semanas ou meses).
Terceira fase: Identificação da irreversibilidade (morte prevista para horas ou dias).


Fluxograma de atendimento do paciente crítico

Em todas as fases: Privilegiar 
A tomada individualizada de decisão. 
O controle dos sintomas (dor, desconforto, dispnéia, boca seca, etc;) 


Em todas as fases: Propiciar apoio psíquico e espiritual 
Respeitar a existência ou não de crenças
Permitir cerimônias de despedida (adequadas ao ambiente) 
Proporcionar apoio psicológico para: paciente/família/equipe


Fase II 
Estimular medidas de comunicação empática 
Estimular atitudes de solidariedade 
Facilitar a presença de familiares 
Avaliar o melhor local para fornecer os cuidados paliativos 
Possibilitar alta da UTI 
Estabelecer a prioridade entre os cuidados paliativos e/ou curativos 
Priorizar o conforto do paciente 
Evitar intervenções futeis 
Adequar estratégias de sedoanalgesia, suporte ventilatório e nutrição 
Readequar as monitorizações e os cuidados multiprofissionais 

Fase III
Intensificar medidas de comunicação empática 
Intensificar atitudes de solidariedade
Facilitar a presença dos familiares de uma maneira permanente
Privilegiar o conforto do paciente
Retirar terapia fútil (nutrição, drogas vasoativas, métodos dialíticos, etc.) 
Adequar estratégias sedoanalgésicas, suporte ventilatório, etc. 
Readequar as monitorações e os cuidados multiprofissionais

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