segunda-feira, 14 de abril de 2014

Palestra: Depressão: Mitos, sintomas, tratamento.
















































Montagem e desmontagem de Pinça Kerrison - Vídeo



Está disponível no Youtube o terceiro vídeo produzido pela Educação Continuada do HUOP. Foi registrado o treinamento de Montagem de Desmontagem de Pinça Kerrison que contou com as informações do Especialista de Produto Eduardo Fontes Braz.

O vídeo pode ser acessado abaixo ou  no endereço: http://youtu.be/hsksCayS3Sc

Ou no Canal do Youtube da Educação Continuada do HUOP:  https://www.youtube.com/channel/UC92rqfJ5yuE2GBPWwz0PmAw



Cuidados Paliativos em Emergência - Reunião Multidisciplinar - PS






































Cuidados Paliativos no paciente crítico

Introdução

Definição: Cuidado paliativo é uma forma de abordagem que visa a melhoria da qualidade de vida de pacientes e seus familiares que enfrentam doenças ameaçadoras à vida.

Princípios: Beneficência, não maleficência, autonomia e justiça

Avaliação do paciente:
Eficácia do tratamento proposto
O benefício, que diz respeito ao que o PACIENTE ou seu representante percebem como sendo de valor.
A onerosidade da intervenção
Critérios que auxiliam na definição do status de terminalidade
História natural da doença
Reversibilidade

Fatores de mau prognóstico (choque refratário, piora clínica apesar da otimização terapêutica.

Conceitos: Eutanásia, ortotanásia e distanásia.

Aspectos éticos / jurídico:
2006 – Resolução 1805
Art. 1º É permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamento que prolonguem a vida do doente, em fase terminal, de enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante legal.
Parágrafo primeiro: O médico tem obrigação de esclarecer ao doente ou responsável legal as modalidades terapêuticas adequadas a cada situação.
Parágrafo segundo: A decisão referida no caput  deve ser fundamentada e  registrada no prontuário.
Parágrafo terceiro: É assegurado ao doente ou a seu representante legal o direito de solicitar uma segunda opinião médica.
2006 – Resolução 1805
O doente continuará a receber todos os cuidados necessários para aliviar os sintomas que levam ao sofrimento, assegurada a assistência integral, o conforto físico, psíquico, social, espiritual, inclusive assegurando a ele o direito de alta hospitalar.
2009 – Código de Ética médica
XXII – Nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados.
2012 – Resolução 1995
Dispões sobre as diretivas antecipadas de vontade do paciente
Nas decisões sobre cuidados e tratamentos de pacientes que se encontram incapazes de comunicar-se ou de expressar de maneira livre e independe suas vontades, o médico levará em consideração suas diretivas antecipadas de vontade.

Fases da assistência intensiva:
Primeira fase: Maior possibilidade para a recuperação (morte pouco provável).
Segunda fase: Falta de respostas ou uma resposta insuficiente aos recursos utilizados, com crescente tendência ao desfecho morte/irreversibilidade (morte prevista para dias, semanas ou meses).
Terceira fase: Identificação da irreversibilidade (morte prevista para horas ou dias).


Fluxograma de atendimento do paciente crítico

Em todas as fases: Privilegiar 
A tomada individualizada de decisão. 
O controle dos sintomas (dor, desconforto, dispnéia, boca seca, etc;) 


Em todas as fases: Propiciar apoio psíquico e espiritual 
Respeitar a existência ou não de crenças
Permitir cerimônias de despedida (adequadas ao ambiente) 
Proporcionar apoio psicológico para: paciente/família/equipe


Fase II 
Estimular medidas de comunicação empática 
Estimular atitudes de solidariedade 
Facilitar a presença de familiares 
Avaliar o melhor local para fornecer os cuidados paliativos 
Possibilitar alta da UTI 
Estabelecer a prioridade entre os cuidados paliativos e/ou curativos 
Priorizar o conforto do paciente 
Evitar intervenções futeis 
Adequar estratégias de sedoanalgesia, suporte ventilatório e nutrição 
Readequar as monitorizações e os cuidados multiprofissionais 

Fase III
Intensificar medidas de comunicação empática 
Intensificar atitudes de solidariedade
Facilitar a presença dos familiares de uma maneira permanente
Privilegiar o conforto do paciente
Retirar terapia fútil (nutrição, drogas vasoativas, métodos dialíticos, etc.) 
Adequar estratégias sedoanalgésicas, suporte ventilatório, etc. 
Readequar as monitorações e os cuidados multiprofissionais

terça-feira, 8 de abril de 2014

Vídeo - Treinamento de utilização do BIPAP


Está disponível no Youtube o segundo vídeo produzido pela Educação Continuada do HUOP. Foi registrado o treinamento de utilização do BIPAP que contou com as informações do Fisioterapeuta Anderson Costa de Souza.

O vídeo pode ser acessado abaixo ou  no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=4XXXOp7gfLc

Ou no Canal do Youtube da Educação Continuada do HUOP:  https://www.youtube.com/channel/UC92rqfJ5yuE2GBPWwz0PmAw



O vídeo tem a duração de 17 minutos e apresenta a seguinte estrutura de conteúdo:

Apresentação do equipamento
- Parte externa
- Componentes
- Limpeza
- Cuidados
- Conexão
- Desconexão

Menus
Menu Informações
- Terapia
- Status
- Horas trabalhadas
- Alarmes
- Informações sobre apnéia respiratória
- Cheyne-Stokes

Configurações
- Bi-flex
- Tipo de circuito
- Ligação automática
- Desligamento automático
- Alerta de máscara

Configuração Clínica
Modos respiratórios
- CPAP
- Bi-Level
- Autobilevel

Informações gerais
- Peso mínimo do paciente
- Utilização do circuito com O2
- Altura do equipamento com o umidificador conectado


sexta-feira, 4 de abril de 2014

Protocolo - Hemorragia digestiva - Reunião Multidisciplinar - PS








































HEMORRAGIAS DIGESTIVAS

Introdução
Sangramento intra-luminal proximal ao ângulo de treitz.
Incidência de 48 a 160 por 100 mil hab.
Mais comum em homens.
Incidência aumenta com a idade.
Mortalidade de 10 a 14%.
Doença ulcerosa péptica é a causa mais comum.
Etiologias:
Fatores de Risco:
AINES
H. pylori
Estresse
Acidez gástrica.
Outras Causas:
Mallory-Weiis.
Angiodisplasia alta.
Lesão de Dieulafoy.
Esofagite erosiva.
Varizes esofágicas.
Achados Clínicos:
Hematêmese ou melena, mais comum.
Hematoquezia.
Lavado com SNG : sangue ou borra de café.
História de uso de AINE, etilismo, doença hepática, vômitos.
Exame Físico: toque retal, linfonodos.
Exames Complementares:
EDA: Diagnóstico e terapêutico, realizar de forma precoce.
Cintilografia: Diagnóstico.
Arteriografia: Diagnóstica e terapêutica, indicada caso EDA não seja diagnóstica.
Tratamento HDA não varicosa:
M-O-V                           SNG.
IOT precoce se sangramento maciço, confusão mental ou comprometimento respiratório.
Tentar quantificar perda volêmica.
Reposição volêmica: Mantar PAS> 100, usar cristaloide.
Transfusão: Manter Hb > 7.
Coagulopatia: Plasma fresco
Plaquetas < 50.000, transfundir plaquetas.
Tratamento HDA não varicosa:
IBP: Omeprazol: 80 mg em bolus, seguidos de 8mg/h por 3 dias.
EDA: Substâncias injetáveis, tratamento térmico, uso de clipes.
Tratamento Cirúrgico:
Sem sucesso com EDA.
Quantidade de transfusões sanguíneas
Embolização é uma alternativa.
Tratamento HDA não varicosa
Erradicação do H. pylori.
Pacientes que necessitam de AAS continuamente se beneficiam do uso de IBP contínuo.
Medidas de ressuscitação semelhantes.
Coagulopatia associada é mais comum.
Profilaxia para PBE.
Terlipressina.
Octreotide: Dose de ataque: 50 mcg em bolus / dose de manutenção 25 a 50 mcg/h por 3-5 dias.
Somatostatina.
EDA: ligadura elástica.
Balão de Sengstaken-Blackmore:
Recorrência de sangramento é comum.
Pode permanecer insuflado por no máximo 24h.
TIPS: Shunt entre veia hepática  e a porção intra-hepática da veia porta.
Shunt cirúrgico.
Varizes Gástricas
Tratamento com injeção de N-butil-2-cianocrilato).
TIPS.
Profilaxia Secundária do sangramento por varizes esofágicas.
Beta bloqueador.
Shunt cirúrgico e TIPS.



quinta-feira, 3 de abril de 2014

Instituição de cirurgia de controle do dano - Protocolo PS - HUOP



INSTITUIÇÃO DE CIRURGIA DE CONTROLE DO DANO
PROTOCOLO PS - HUOP

Tiago Mierzwa
Marcius Benigno
Ana Heloisa Zema
Fernando Spencer Netto

- Cirurgia de controle do dano é baseada em princípios de controle das lesões que causam risco imediato de mortalidade para o paciente, sem necessariamente prover controle definitivo da lesão, usando técnicas especificas. Estas visam a estabilização do paciente e correção da tríade letal do trauma (coagulopatia, hipotermia e acidose) em ambiente de UTI antes da correção anatômica definitiva.

- Embora este conceito tenha se originado em cirurgias para controle de sangramento traumático sobre tórax e abdome, o uso alastrou-se rapidamente para outras áreas da cirurgia de urgência (ex: craniotomia descompressiva, uso de shunts vasculares plásticos, etc).

- Os pacientes que potencialmente se beneficiam desta tática são vitimas de trauma com múltiplas lesões, perda volêmica significativa e instabilidade.

- As etapas da cirurgia de controle do dano são: a) identificação do paciente; b) cirurgia abreviada; c) reanimação em UTI; d) reoperação planejada após controle da tríade letal (24-48h).

- A identificação precoce do paciente propicia a adoção precoce desta tática, evitando desgaste fisiológico. Na seleção do paciente deve-se considerar a repercussão fisiológica (ex: choque persistente) e anatomia das lesões (ex: lesões múltiplas em vários segmentos do corpo). Alguns parâmetros fisiológicos podem ajudar na decisão (acidose metabólica, hipotermia e coagulopatia).

- A cirurgia inicial deve ser rápida, visando controle do sangramento, limitação da contaminação entérica e prevenção da síndrome do compartimento abdominal. A utilização de compressas na cavidade e fechamento temporário com modalidades da bolsa de Bogota são comuns.

- Reanimação em UTI: visa compensação hemodinâmica e correção de distúrbios metabólicos e hematológicos.


- Reoperação planejada: deve ocorrer quando paciente estável e visar reparo definitivo da lesão.

Protocolo HUOP de priorização cirúrgica em trauma



PROTOCOLO HUOP DE PRIORIZAÇÃO CIRÚRGICA EM TRAUMA
Presença concomitante de hematoma neurocirúrgico e sangramento

Tiago Mierzwa
Marcius Benigno
Ana Heloisa Zema
Fernando Spencer Netto

- A prioridade do atendimento do paciente com traumatismos múltiplos será a estabilização ventilatória e hemodinâmica. Idealmente, avaliação neurológica será feita quando paciente estiver estável com relação a estes parâmetros.

- Enfatizado que a prevenção da lesão secundaria, inclusive através de cirurgias para controle do sangramento torna-se prioridade no tratamento do traumatismo crânio encefálico.

- Foi consenso dos especialistas que, procedimentos visando ressuscitação (controle de ABC) devem ser prioritários em relação a procedimentos usados para tratamento definitivo de uma lesão. Desta forma, toracotomias, laparotomias e procedimentos pélvicos/extremidades visando melhora da ventilação ou condição hemodinâmica tem precedência sobre procedimentos neurocirúrgicos.

- No caso de indicação de múltiplos procedimentos por especialidades diferentes, deverão ser priorizados os procedimentos visando aumento de sobrevida. Devera ser encorajada discussão entre especialistas a fim de definir a sequencia de tratamento. Procedimentos não urgentes podem ser protelados ate estabilização.

- No caso de paciente com traumatismo crânio encefálico grave, com pupilas dilatadas e fixas, associada a um Escore de Coma de Glasgow 3, discutir com neurocirurgia a viabilidade do paciente, avaliando assim grau de investimento.

- A partir da definição da falta de prognostico e viabilidade, rediscutir o grau de investimento no paciente.



Protocolo de atendimento inicial ao politrauma - HUOP - princípios práticos


PROTOCOLO DE ATENDIMENTO INICIAL AO POLITRAUMA HUOP
PRINCÍPIOS PRÁTICOS
(seguindo recomendações do ATLS)
Fernando Spencer Netto
Tiago Mierzwa
Joao Victor de Oliveira


Princípios:

- Preparação de todo a equipe multidisciplinar para recebimento do trauma;
- Antecipação de possíveis problemas e materiais necessários (ex: trauma facial grave – possível necessidade de aspiração, intubação, via aérea difícil);
- Planejamento e designação de funções (ex: líder de trauma, medico que avaliara vias aéreas, q drenara o tórax, enfermeira q lidara c o paciente ou preparara medicações e anotações);
- O sucesso de uma equipe de atendimento e baseada na boa comunicação. Todo procedimento ao ser realizado ou de insucesso deve ser comunicado rápida e objetivamente ao líder de trauma.


Funções:

- Líder de trauma: Médico mais experiente, orientara todo o time na ressuscitação inicial, podendo modificar a ordem de protocolo pré-estabelecido de acordo com paciente. Deve zelar pela atuação harmoniosa da equipe com intuito de prover o melhor atendimento possível ao paciente.

- Enfermagem: Idealmente pelo menos dois profissionais (por vezes maior numero e necessário):
a) Operacional: lidará diretamente com paciente realizando monitorização, oferta de oxigênio por mascara, obtenção de dois acessos venosos calibrosos e coleta sanguínea (hemograma, coagulação, função renal, eletrólitos, classificação sanguinea).
b) Administrativo: lidará com diluição de medicações, obtenção de material ou outros recursos adicionais e anotações relativas ao trauma.

- Médicos: Realizarão o ABCDE do trauma em consonância com o líder de trauma.

- Especialistas: De acordo com a necessidade, especialistas podem ser necessários p avaliação de problemas específicos agudos (ex: cirurgião geral para tratamento de hemorragia abdominal). Este discutira suas orientações e prioridades com o líder de trauma, que definira possíveis redirecionamentos de conduta.